A Arte conceptual (ou arte conceitual) define-se como o movimento artístico moderno ou contemporâneo que defende a superioridade das ideias veiculadas pela obra de arte, deixando os meios usados para criá-la em lugar secundário. O artista Sol LeWitt definiu-a como:
Em arte conceptual, a ideia ou conceito é o aspecto mais importante da obra. Significa que todo o planejamento e decisões são tomados antecipadamente, sendo a execução um assunto secundário. A ideia torna-se máquina que origina a arte.
Esta perspectiva artística teve os seus inícios em meados da década de 1960, parcialmente em reação ao formalismo, sendo depois sistematizada pelo crítico nova-iorquino Clement Greenberg. Contudo, já a obra do artista francês Marcel Duchamp, nas décadas de 1950 tinha prenunciado o movimento conceitualista, ao propor vários exemplos de trabalhos que se tornariam o protótipo das obras conceptuais, como os readymades, ao desafiar qualquer tipo de categorização, colocando-se mesmo a questão de não serem objetos artísticos.
A arte conceitual recorre frequentemente ao uso de fotografias, mapas e textos escritos (como definições de dicionário). Em alguns casos, como no de Sol Lewitt, Yoko Ono e Lawrence Weiner, reduz-se a um conjunto de instruções escritas que descrevem a obra, sem que esta se realize de fato, dando ênfase à ideia no lugar do artefato. Alguns artistas tentam, também, desta forma, mostrar a sua recusa em produzir objetos de luxo - função geralmente ligada à ideia tradicional de arte - como os que podemos ver em museus.
O movimento estendeu-se, aproximadamente, de 1967 a 1978. Foi muito influente, contudo, na obra de artistas subsequentes, como no caso de Mike Kelley ou Tracy Emin que são por vezes referidos como conceptualistas da segunda ou terceira geração, ou pós-conceptualistas.
“Merda d´Artista”- Piero Manzoni
"One and Three Chairs”(1965)- Joseph Kosuth
O Grupo Fluxus foi um importante grupo dos anos 1960. Inicialmente surgiu como título de uma revista e se estendeu em realizar performances, instalações, entre outros suportes. Sob grande influência dadaísta, o grupo criticava os valores burgueses, às galerias, o individualismo e a função social da arte e dos artistas. Suas apresentações eram sempre provocativas, críticas e com extrema presença de humor.
“Vagina Painting”- Grupo Fluxus
De cócoras e com um pincel atado à roupa interior, a artista transforma o seu corpo numa ferramenta e vai discorrendo um vermelho menstrual sobre a tela. O corpo feminino, enquanto objeto de arte, já não existe e transforma-se no instrumento da criação. "Vagina Painting" aborda questões como a fertilidade, a criação e a posição da mulher na sociedade.
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